Surpreendente, deve ser o adjectivo apropriado para caracterizar aquilo que foi a Aula Aberta do antigo primeiro-ministro da Guiné Bissau e presidente do PAIGC. Simões Pereira , Engenheiro Civil e Industrial na antiga União Soviética, mestrado em Engenharia nos Estados Unidos da America, Doutorando em Ciências Politicas na Universidade Católica de Portugal , fez uma viagem político académica sobre a Guiné Bissau, aliás, Guiné Bissau hoje, foi o tema da Aula, no passado dia 2/10, na Biblioteca Central da UP. Um pretexto para desreconstruir a realidade e apontar a culpa e os culpados.
Simões Pereira mostrou ser um politico maduro, procurando sempre não acusar, mas antes, apontar o caminho para a solução. Uma solução que segundo ele, passa pela recuperação do plano estratégico 2015 -2025 esboçado por ele e pelo seu governo enquanto primeiro - ministro que foi de Julho de 2014 a Agosto de 2015, altura em que foi demitido pelo Presidente da República, naquilo que se pode considerar, possivelmente , como um dos maiores erros cometidos por um chefe de Estado africano era moderna.
Simões Pereira não fugiu as perguntas e mostrou-se bastante seguro nas resposta apontando de forma política e acadêmica o caminho para a Guiné Bissau voltar ao concerto das Nações democráticas e que buscam o desenvolvimento e o bem estar da população. Eu já o conhecia, acompanhei o seu mandato de Secretário Executivo da CPLP, fiquei expectante quando ganhou as eleições em 2014 e desapontado quando foi demitido em Agosto de 2015. De lá para cá o Parlamento nunca mais funcionou, o Presidente nomeou 4 primeiros - ministros, todos falharam e o País entrou num processo de incontrolável recessão política, social e econômica.
Ficou a lição de Simões Pereira, numa aula bastante concorrida e que nos fez acreditar que há políticos bons, as vezes em países errados.
Fonte: GCI—UP
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