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MINOR DE XIRHONGA: O nascer de uma nova modalidade nas Jornadas Científicas

Foi o nascer de uma nova modalidade no que diz respeito às Jornadas Científicas, isto é, foi a primeira vez em que houve um dia dedicado ao Minor de Xirhonga. A cerimónia teve início às 13:00 horas do dia 13 de Setembro de 2017, no Centro de Línguas, e contou com uma sala repleta não só de estudantes do Minor de Xironga como de Inglês e Português.


Foram apresentados trabalhos científicos bem elaborados tais como “Lifo dra Tindrimi” (Morte das línguas) apresentado pelo estudante do terceiro ano do curso de Inglês, Minor de Xironga no qual frisou a necessidade da valorização das línguas nacionais para que estas não possam ser consideradas línguas mortas. Tivemos ainda “Lesima dra svihitana aku layeni ka vhanu” (importância dos contos na educação das pessoas, apresentada por Hilário Nondja, “Ideofones em Xirhonga” apresentado por Celestino Nhades, diga-se, uma das apresentações que mais aplausos teve e discussões suscitou.


No momento cultural tivemos esplendorosas actuações, nomeadamente, Américo Ximene com música, Grupo Pfukani com uma peça teatral em que ilustrou as vivencias do professor e aluno na sala de aula, tendo dado maior enfoque para as recorrentes faltas massivas dos estudantes nos primeiros dias de aula, falta de leitura dos textos disponibilizados pelo professores à tempo e consequências drásticas da utilização de cábulas durante os avaliações escritas, na peça, uma estudante engole uma cábula e acaba por ficar inconsciente no meio da realização de um teste. Finda a peça, a Mestre de Cerimónia Thembi Maduna (estudante do curso de Inglês, Minor de Xirhonga), chamou Américo Ximene para encerrar a cerimónia em grande, interpretando o êxito de Eugénio Mucavele “Mahala”.

Recorde-se que todas as apresentações e intervenções foram em Xirhonga, por conseguinte, serão essas provas mais do que suficientes que espelham o trabalho que está a ser desenvolvido para documentar e autenticar as nossas línguas, no caso, Xirhonga. Ora, este trabalho só tomará contornos pretendidos se todos unirmos os braços e esforços em prol do uso e estudos aprofundados sobre o material linguístico bantu disponível no nosso país.

por: Jaime Bonga

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