BAUMAN
falava da sociedade líquida, como aquela vista com descartável, em que as
relações humanas são condicionadas num mundo meramente digital. Roubando as
ideias deste filósofo, mas invertendo um pouco o sentido eu diria que hoje
estamos na "sociedade da pressa", ou sociedade da prematuridade, em
que as pessoas estão numa espécie de competição, sendo o vencedor aquele que for
o mais devasso da sociedade.
As
mulheres, desculpe, o certo seria dizer as criancinhas metidas a mulheres,
estão num verdadeiro ring de gladiadores (neste caso gladiadoras), se deixam
engravidar de uma forma, diga-se de passagem cinematograficamente
extraordinária, revelando um verdadeiro despreparo para a vida. Isso de prenhar
na imaturidade virou um torneio, para mim dá entender que os homens em pleno
casino de certezas fizeram uma aposta, ganhando aquele que embarrigar mais
raparigas menores de idade. Não que eu esteja contra a maternidade, nada disso,
apenas acho que a pressa é inimiga da perfeição como se diz por aí, por mim
essas meninas que estão a se deixar desvirtuar pelo sêmen de um Adão qualquer,
deviam estar preocupados em estudar, estudar para serem pessoas dignas de serem
chamadas pessoas. Além das gravidezes precoces, nesta sociedade da pressa, as
nossas flores que nunca murcham (agora murcham), se precipitam no álcool, aos
13 anos viram exímios bebedores das bebidas mais nefastas a saúde e o resultado
é sempre o mesmo parar numa fofa cama de hospital público e serem atendidas por
médicos que detestam a sua profissão.
É só para
terminar esta primeira parte talvez sublinhar novamente a palavra
"médicos", esses profissionais também foram picados pela sociedade da
prematuridade, porque ao invés de tratarem seus pacientes com zelo e dedicação
lhes precipitam a cova é por isso que muitas vezes estes preferem auto-medicar-se,
pois sabem que se pisarem ao hospital a sociedade da pressa, pode roubar-lhes a
alma.
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